Ceará reduz extrema pobreza em 2017; Brasil e Nordeste registram alta

22 de maio de 2018 - 16:36 # # #

Wania Caldas - Gestora de Conteúdo

O Estado registrou queda de 3,57% enquanto o Brasil apresentou crescimento de 13,95%. O aumento também foi registrado em todas as cinco regiões e em 19 estados e no Distrito Federal

O Ceará foi o único estado da região Nordeste a reduzir a extrema pobreza em 2017, em relação ao ano anterior. Nesse período, o número de pessoas que vivia com até R$ 85 diminuiu 3,57%, o que significa que aproximadamente 25 mil pessoas deixaram essa faixa de renda. No Brasil, o aumento foi de 13,95%, passando de 8,7 milhões de pessoas em 2016 para 10,1 milhões no ano passado. Os indicadores foram calculados a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O percentual de pessoas com rendimento até R$ 85 cresceu 13,95% no Brasil e 17,50% no Nordeste. Já o Ceará foi o único estado do nordeste brasileiro que reduziu a extrema pobreza”, destacou o governador Camilo Santana nesta terça-feira (22), na transmissão ao vivo via Facebook.

No Nordeste, os estados que apresentaram os piores resultados foram Piauí (36,36%), Bahia (31,58%) e Sergipe (28,38%).

No País, o Ceará foi um dos cinco estados a reduzir a extrema pobreza – os demais foram: Rondônia (-13,64%), Amapá (-10,77%), Tocantins (-6,82%) e Santa Catarina (-6,67%).

Regiões

Do ponto de vista regional, o maior aumento da extrema pobreza em 2017 foi registrado no Sul (22,22%). No entanto essa região tem a menor proporção de pessoas extremamente pobres do País. As regiões que possuem mais pessoas nessa faixa de renda, Nordeste e Norte, nessa ordem, apresentaram as seguintes variações: 17,5% e 11,29%. No Centro-Oeste o aumento foi de 18,18% e, no Sudeste, de 11,54%.

O analista de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Jimmy Lima de Oliveira, afirma que o resultado é fruto da situação econômica do Estado. “Acreditamos que a boa situação fiscal e a manutenção dos investimentos públicos, inclusive na área social, impactam diretamente nesses índices. Agora, vamos investigar qual renda teve maior peso”, afirma o técnico que é um dos responsáveis pelo estudo “Extrema pobreza: uma análise comparativa dos estados brasileiros no período recente”, divulgado hoje pelo Ipece.